terça-feira, 9 de setembro de 2014

A moldura é tão importante quanto à obra de arte.

Com esse titulo eu aposto que já pensaram que vai ser mais um assunto super chato que não da pra ler nem a metade, mas quem pensou assim está redondamente enganada. Sabe por quê? Por que não há mulher que não goste de falar em cabelos, a verdadeira moldura do nosso rosto, e os homens não escapam dessa não.
Meu pai já dizia que desde muito criança eu era muito curiosa, ate pensei que isso era ruim, mas, hoje a curiosidade é o meu verdadeiro combustível, e por isso vou fazer mais uma pergunta, alguém ai sabe como foi que surgiram as tinturas de cabelo? Eu apostaria uma mecha do meu cabelo que poucas pessoas saberiam me responder essa pergunta sem consultar o celular, mas como sou uma moça gentil e apaixonada por cabelos eu vou fazer a proeza de sanar as duvidas.
Apesar de todas as parafernálias que modernizaram tudo a nossa volta à mudança das cores naturais de nossos cabelos vem desde a época dos Neandertais, aqueles homes (e mulheres) das cavernas. Isso porque os arqueólogos descobriram diversos vestígios de que além dos cabelos eles também pintavam a pele. Já em outra época os Gauleses e Saxões usavam as cores mais vibrantes possíveis de acordo com a hierarquia e impor medo nos inimigos nos campos de batalha (gente preciso comentar aqui que isso acontece também hoje em dia, sempre tem alguém desavisada com uma cor que ao invés de dar beleza, põe medo mesmo). Na Babilônia eles salpicavam o cabelo com pó de ouro. Os antigos egípcios, gregos e os romanos usavam recursos vegetais e animais para se embelezarem, mas o objetivo era conseguir clarear as cores do cabelo e chegar ao tão desejado cabelo loiro. A técnica usada para clarear os fios era ficar durante dias inteiros ao sol, sem muito êxito a busca continuava e muitos e muitos métodos foram desenvolvidos, mas nenhuma dava certo.
Já na idade das trevas o cabelo ruivo surgiu pela primeira vez por um erro genético. E as mulheres eram submetidas a suspeita de bruxaria. No Século XVI, com a rainha Elizabeth I os cabelos viraram “moda”, e rapidamente os cabelos estavam sendo avermelhados com uso da henna. Já no período barroco que se usavam grandes perucas, as cores iam desde tons pastéis , rosa, amarelo e até mesmo o azul. Cabelos loiros ainda eram desejados, e os recursos para clareá-los era o uso da potassa caustica ou soda caustica. Os cabelos grisalhos eram famosos e por algum tempo, nitrato de prata era usado para escurecer os cabelos, mas o uso contínuo resultou numa cor arroxeada e foi dessa forma que nos levou a criação da primeira tintura sintética.
Em 1800 químicos descobriram a parafenilenodiamina (PPD) e seu uso na criação da tintura sintética, e junto com isso descobriu também que o peróxido de hidrogênio era a química mais suave e segura para o tão sonhado cabelo loiro. Depois disso, tudo ficou mais fácil para Eugene Schueller que foi o pai da primeira tintura sintética comercial para os cabelos, Eugene batizou com o nome ¨aureole ¨. Hoje conhecido com o nome de (L’Oréal). Devo dizer a toda mulherada com seus cabelos loiros que já sabemos a quem agradecer.



Então já que estamos na era tecnológica, vamos aproveitar e mudar a nossa moldura de vez em quando, sempre com o cuidado de ligar a cor dos cabelos com o seu estilo, seja loira morena ruiva ou multicolorida a regra e sentir-se bem seja como for.





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